Mais um dia mundial e climático

A Revista Ecológico convocou um time de peso e competência, para analisar e nos iluminar sobre a tragédia climática ainda a ser contada do Rio Grande do Sul
Hiram Firmino - hiram@souecologico.com.br
Carta do Editor
Edição 148 - Publicado em: 05/06/2024

Vista aérea do aeroporto de Porto Alegre submerso (Foto: Divulgação)
Vista aérea do aeroporto de Porto Alegre submerso (Foto: Divulgação)

Para comemorar mais um “Dia Mundial do Meio Ambiente”, a Revista Ecológico convocou um time de peso e competência, para analisar e nos iluminar sobre a tragédia climática ainda a ser contada do Rio Grande do Sul. Trata-se, primeiro, do engenheiro florestal e ex-ministro do Meio Ambiente, José Carlos Carvalho, nosso conselheiro consultivo. Considerado o técnico mais político e, ao mesmo tempo, o político mais técnico do país, em meio ambiente e sustentabilidade, ele não deixa pedra sobre pedra: “Ou a civilização constrói um novo caminho, ou ela está caminhando para o matadouro”.

O segundo convocado é o filósofo, jornalista e escritor Ailton Krenak, atualmente o acadêmico e líder indigenista mais citado e formador de opinião na mídia internacional. Segundo ele, tanto os gaúchos como os mineiros, ambos, deveriam chorar pelas tragédias em comum.

Em Mariana, no Rio Doce, há nove anos, na divisa de Minas e do Espírito Santo. E ao acontecido de destruição em toda a bacia hidrográfica do RS. Por conta disso, ambos os estados hoje têm de pedir ou comprar água fora de seus estados. É o fim da picada! Ou o início de uma nova era, antes e depois da maior tragédia climática acontecida no Brasil?

Duas mulheres arriscam suas expectativas diante de um mundo em crise ambiental. Uma delas é a menina mineira de 11 anos, de BH, Júlia Bonitese, já anunciada pela ministra Marina Silva como o novo rosto infanto-juvenil do ativismo ambiental brasileiro.

A segunda outra mineira, também da capital mineira, é a economista Ana Sanches, primeira mulher CEO da Anglo American no Brasil e presidente do Conselho Curador do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram). Ela também é o novo e mais esperanço rosto da mineração em todo o planeta.

Um planeta e um país que, incluindo o que aconteceu com o negacionismo do governador do RS, Eduardo Lima, acabam de testemunhar, pela dor, o nascimento de duas revoluções: a que os políticos também sofrerão na pele o que causarem doravante com a natureza. E a revolução da imprensa que, finalmente, parece ter descoberto a pauta ambiental.

É o que você vai ler, e também refletir nesta edição, com esperança em dias melhores para uma humanidade que ainda prefere, sim, como disse José Carlos Carvalho, ainda caminhar para o matadouro climático.

Boa leitura! Boa leitura!


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